Fácil? São Paulo soma fracassos em pênaltis contra rival e em decisões

Com quatro eliminações seguidas e erros em clássicos contra o Corinthians, rival deste domingo, São Paulo vive drama em cobranças de pênaltis: quem é que bate?

A bola na marca da cal e nenhum defensor para atrapalhar o atacante, sozinho contra o goleiro. O pênalti é amplamente favorável ao batedor, mas a teoria não tem sido aplicada na prática com o São Paulo, que soma quatro eliminações seguidas em disputas de penalidades, e vive indefinição sobre o cobrador oficial na ausência de Rogério Ceni, ídolo que encerrou a carreira no fim do ano passado. Neste domingo, o rival será o Corinthians, contra quem o Tricolor tem sofrido bastante na hora de bater pênaltis.

drama em 2013

O São Paulo terminou o Brasileirão de 2013 na confortável nona posição, com 50 pontos, mas durante boa parte da competição, até quase a metade do segundo turno, brigou contra o rebaixamento. A fuga teria sido mais fácil se não fossem as penalidades desperdiçadas. 

Em toda a temporada, a equipe perdeu cinco dos 12 pênaltis (a conta não inclui a disputa com o Corinthians, na semifinal do Paulistão). Quatro deles foram desperdiçados no Brasileirão, sendo três por Rogério Ceni e um por Jadson. Os erros custaram oito pontos ao Tricolor em jogos contra Portuguesa (derrota por 2 a 1), Flamengo (empate sem gols), Criciúma (derrota por 2 a 1) e Corinthians (empate sem gols).

Eliminações

O São Paulo tem fracassado nas disputas de penalidades. Os últimos quatro embates terminaram com quedas. O primeiro foi justamente diante do Corinthians, rival do clássico de domingo. Em 2013, o Majestoso da semifinal acabou empatado sem gols. Nos pênaltis, Ganso e Luis Fabiano erraram. Ceni, Rafael Toloi e Jadson converteram.
O segundo ocorreu em 2014, diante da Penapolense, na semifinal do Paulistão. Após empate sem gols, o Tricolor foi derrotado por 5 a 4. Rodrigo Caio perdeu, enquanto Rogério Ceni, Luis Fabiano, Ganso e Osvaldo converteram.
Depois, novamente na semifinal, dessa vez da Sul-Americana, o São Paulo perdeu para o Atlético Nacional da mesma forma. O empate por 1 a 1 no tempo normal forçou a decisão por pênaltis, vencida por 4 a 1 pelos colombianos. Alan Kardec e Rafael Toloi erraram, e Ceni acertou sua cobrança. Curiosamente, Juan Carlos Osorio, que no ano seguinte seria contratado pelo clube brasileiro, treinava a equipe colombiana.
No ano passado, a queda nas oitavas de final da Libertadores teve Ceni como personagem positivo, mas incapaz de evitar a nova eliminação. Depois de vencer por 1 a 0 no Morumbi, o Tricolor perdeu pelo mesmo placar no Mineirão e caiu nas penalidades por 4 a 3. Souza, Luis Fabiano e Lucão erraram. Ganso, Centurión e Ceni converteram. O goleiro ainda defendeu cobranças de Leandro Damião e Manoel.

indefinição sem ceni

Jadson, Luis Fabiano, Jonathan Cafu, Pabón, Aloísio, Alexandre Pato, Alan Kardec e Michel Bastos. Todos eles se arriscaram nas penalidades na ausência de Rogério Ceni desde 2013 até hoje. No total, foram 11 pênaltis, com seis gols (Aloísio, duas vezes, Pato, Pabón, Luis Fabiano e Jadson) e cinco erros (Jadson, Luis Fabiano, Cafu, Alan Kardec e Michel Bastos) – a conta não inclui as decisões por penalidades.
Entre os oito, apenas Kardec e Michel Bastos continuam no clube. O centroavante perdeu na goleada sofrida para o rival, por 6 a 1, no dia 22 de novembro, pelo Brasileirão. Em 2016, Michel parou na trave diante do César Vallejo, mas o Tricolor venceu por 1 a 0 e se classificou para a fase de grupos da Libertadores. Na ocasião, o argentino Calleri chegou a pedir para cobrar.
De 2013 até o fim de 2015, e de sua carreira, Ceni bateu 25 pênaltis: acertou 19 e errou seis.